Com o traumático evento da pandemia de COVID-19, nos vimos repentinamente diante de diversas restrições na tentativa de combater a transmissão do vírus. Dentre elas, certamente a restrição mais significativa é a do isolamento social.
Restritos do contato humano e preocupados com o futuro, não são raros os relatos de impactos negativos causados pela pandemia. Muitas pessoas notam perturbações no sono, alterações alimentares, aumento do consumo de álcool, agravamento de condições crônicas, e demais problemas após o início da quarentena.
Acompanhe o texto a seguir e confira 5 dicas de saúde mental e isolamento.
Qualidade de vida vai além de bem estar físico.
O descuido com o estado emocional em momentos atípicos em que estamos vivendo pode desencadear complicações neuropsiquiátricas ou também intensificar desordens preexistentes.
O desequilíbrio da saúde mental também oferece risco para a saúde física. Fique atento também à somatização dos sentimentos – dores de cabeça, dores no corpo, problemas de estômago, intestino, pele, perturbação do sono, mudanças de apetite e entre outras reações físicas que podem ser desencadeadas pelo estado emocional do indivíduo.
Assim como outros cuidados de saúde, a prevenção sempre é o melhor caminho. Por isso, antes de pensar em combater descontentamentos, é preciso agir proativamente contra o estresse. Isso quer dizer que há hábitos e autoconhecimento para perceber situações desagradáveis.
5 maneiras de manter a saúde mental durante o isolamento
1. Se movimente!
Com os mais básicos movimentos corporais conseguimos aliviar tensões e resolver necessidades primitivas do nosso corpo. Além do bem estar físico, exercitar o foco e concentração durante os treinos e atividades.
Outros benefícios das atividades físicas são os seus efeitos benéficos ao cérebro, por produzir neurotransmissores que nos dão a sensação de bem estar e colaboram com a saúde mental, conhecidos como serotonina e endorfina.
Ainda, exercícios feitos com regularidade conseguem diminuir o estresse oxidativo nocivo para as células e o tecido cerebral e também atuam no fator neurotrófico, responsável pela saúde dos neurônios.
2. Valorize uma alimentação nutritiva
O papel da nutrição na saúde mental é cada vez mais reconhecido. Estudos indicam que uma dieta rica em alimentos industrializados e refinados, açúcares, álcool e outras substâncias aliada ao baixo consumo de vitaminas e minerais, e até mesmo o uso indiscriminado de medicamentos favorece um quadro de disbiose intestinal.
Um intestino com disbiose não possui a total capacidade de absorver e produzir nutrientes, causando uma carência de vitaminas. Essa condição pode causar o estado conhecido como brain fog: uma disfunção cognitiva que acompanha falta de memória, falta de clareza mental, mau humor, tristeza e/ou dificuldade para concentração, sintomas que podem facilmente ser confundidos com quadros de depressão ou transtornos de ansiedade.
Além da restrição das substâncias maléficas para o organismo e o consumo de clássicos alimentos saudáveis já reconhecidos pelos seus benefícios, especialistas têm observado o bom papel de alimentos probióticos na saúde mental.
Um estudo realizado por Logan & Katzman propõe que estes probióticos estimulam os centros cerebrais, conseguindo beneficiar respostas neurais e comportamentais do paciente em tratamento adjacente.
3. Invista na sua rotina
Manter uma rotina certamente ajuda a controlar o sentimento de ansiedade, além de facilitar a adaptação da realidade imposta pela pandemia. Para organizar as suas funções, demarque de forma clara o tempo e ambiente de trabalho e o de descanso, de preferência. Fazer alguma coisa em pequenos intervalos do trabalho também ajudará a manter sua clareza de pensamento.
Repare também em como o uso constante de álcool, tabaco e outras substâncias geram impactos negativos na saúde mental. Se o consumo destes faz parte da sua rotina,
4. Pratique a higiene do sono
A higiene do sono abrange ambientes e hábitos do dia-a-dia que podem contribuir para uma noite de sono melhor, começando por manter uma rotina nos horários de dormir e acordar.
Outros hábitos para dormir melhor incluem algumas práticas noturnas: ficar longe de luzes fortes, evitar as luzes azuis vindas de eletrônicos, além de criar um ambiente confortável para o seu descanso.
Ao integrar hábitos saudáveis de alimentação e a regularidade de exercícios físicos, você também estará contribuindo com um sono de mais qualidade.
5. Mantenha suas conexões sociais
Mesmo o mais introvertido dos seres humanos necessita de algum nível de conexão com o outro para manter a sua saúde mental. A troca social promove o sentimento de compreensão e apoio mesmo nos momentos mais descontraídos.
Apesar das orientações de isolamento social obrigatório, não precisamos nos isolar dos benefícios de uma conversa com quem confiamos. Por isso, busque pela presença – mesmo que virtual- de outras pessoas, com o apoio da tecnologia.
Como reconhecer a necessidade de ajuda profissional?
Para cada pessoa existem sinais diferentes de sentimentos persistentes de medo, raiva, tristeza, preocupação, dormência ou frustração. Por isso, se observar qualquer incômodo constante e/ou notar frequentes mudanças de humor repentinas, não se sinta desconfortável para buscar auxílio de um profissional de saúde e lidar com o seu problema.
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